domingo, 16 de novembro de 2008

BEM VINDO AO FIM DOS TEMPOS...

...Prepare-se para entrar em uma hera de dor, desespero e lágrimas...esqueça seus medos e contemple o inferno ao seu redor...supere a dor...supere o medo...supere o cansaço...
Monstros, fantasmas e criaturas do além o terão como refén para sua própria libertação...cenas jamais vistas o cercarão e apavorarão...almas desesperadas tomarão seu corpo e dominarão sua mente em um toque de segundos...milésimos...
...chore...
...grite...
Você não sairá vivo desta aventura..
...mas...
...ainda tendo a certeza de que não resistirá...
...siga...
...lute pela sua alma...não perca as esperanças...serei seu adversário neste desafio...se você não me matar...
...EU TE MATO...
Me encontre...
Passe pelo 7 portais...
Enfrente a fúria de Pandora...
...me mate...
...usarei de suas próprias armas para te derrubar...
me alimentarei com tua carne e tomarei do teu sangue para saciar minha sede...
...os seus gritos serão música aos meu ouvidos e seu sofrimento lazer aos meus olhos...
Eu sou seu fim...
ME ENCONTRE

Pandora~>A 7º guardiã

De Emilly a Pandora...a 7º guardiã...a porta principal...o visto para o inferno
Tenho que me acostumar com essa missão que a mim foi concedida...tenho que permanecer no portal para torturar...maltratar...ser o menos piedosa possível.
Posso ouvir os risos enigmáticos do demônio...posso ouvir urros a implorar por piedade...posso ouvir a cada momento um pedido de socorro de forma mais horrenda...desesperadora...e não posso sentir pena...não sinto pena...
A culpa pelo sofrimento dessas almas é minha...o desespero delas me alimenta...e será sempre assim...matarei...usarei de almas para me alimentar...sentirei o calor do sangue quente a escorrer em minhas mãos...assim será...sem mais...encerro minhas palavras com um beijo gélido que congelará a alma de quem o receber...e para os que ao fim da vida encontrarão Lúcifer...poderão antes sentir a fúria de PANDORA: A GUARDIÃ DO SÉTIMO PORTAL PARA O INFERNO!

†__A condenada__†

...em um quarto escuro...um fio de luz...quatro paredes...uma escrivaninha...uma pena...um potinho de tinta vermelha...papéis velhos...essa é a minha situação atual!
...meus companheiros são o medo...o frio...a solidão...a tristeza...o ódio...meus amigos são as baratas...os ratos...as aranhas...
...a cada momento de tortura...a cada balde de água fria...a cada comida digna de um animal...sinto que não resistirei...
...muitos pensam que sou possuída por demônios...padres tentam me exorcizar...me chamam de louca...dizem que sou uma alma condenada ao fogo do inferno...pensam que sou bruxa...me culpam por acontecimento estranhos!
Agora...presa...condenada a comentários...condenada a solidão eterna...condenada a tortura por algo que não fiz...sem amigos...sem sonhos...sem esperanças...desejando arduamente morrer...me ver longe desse tormento...dessa dor insuportável que me domina...ninguém me ama...estou certa de que não sentirão a minha falta...afinal sou inotável...um ser rejeitado pelo mundo!!!
...atravéz do pequeno quadrado torto que se localizava no alto de uma das paredes daquele cubículo no qual estava presa podia ver o céu negro iluminado por fortes relâmpagos...as velhas arvores decoravam a chuva forte que caia lá fora...
Senti frio...minha mente criava estranhas sensações para o meu corpo...olhava para a velha escrivaninha e começava a ter idéias estranhas...as pequenas cortinas vermelhas bolorentas apanham do vento forte...os ratos correm assustados com os trovões furiosos...as aranhas teimavam em construir suas teias á minha volta...eu permanecia...imóvel...no canto mais escuro do cubículo...as lágrimas teimavam em lavar a minha face...quem sabe minhas ultimas lágrimas?!...tenho medo de tudo o que se passa a minha volta...afinal, por que EU seria a culpada por acontecimentos estranhos, doenças e mortes repentinas?!...só porque fui a única não infectada pelo vírus?...ou porque sou diferente?...o fato de eu ser anti-social não me torna uma bruxa e nem mesmo uma assassina...o que há de errado comigo?...porque todos me vêem como um monstro?...
...perguntas que a mim nunca serão respondidas...duvidas que jamais serão sanadas...quem sabe um dia não percebam que cometeram um erro?...quem sabem até percebam que eu sou inocente?...por mais que seja tarde...dentro do meu túmulo poderei ver o arrependimento que sentirão por ter torturado uma garota de apenas 15 anos...o remorso de ter culpado uma inocente...mas será tarde demais...
...levanto-me...vou até a escrivaninha...redijo em uma velha folha com a tinta vermelha a seguinte despedida:
“Não me esforçarei para me livrar da culpa que não é minha...
apenas direi ADEUS com essas poucas palavras:
Vejo todos vocês no inferno!!!”

...com toda a força que tenho em minhas mandíbulas...forço meus dentes fracos sobre a veia do meu pulso até estoura-la...assisto o sangue jorrar...até que...

...últimos suspiros...

Beijos Gélidos

sábado, 15 de novembro de 2008

† A casa assombrada †

Recordo-me da primeira vez que vi a casa...a casa instalada no alto da montanha...a casa fria...mórbida...sombria...a casa com risos enigmáticos...a casa assombrada...
...eu não dormia ao ver a casa...acordava com os gritos de almas desesperadas...podia ver almas vagando no rodapé da montanha...ouvia vozes...sentia calafrios...tinha pesadelos...tinha a sensação de estar sendo observada a todo tempo.
Por que aquela casa dominava a minha mente?!...Por que me faz tanto mal e, ao mesmo tempo, tanto bem?!...é algo inexplicável...os gritos de terror me atormentam...sangue...dor...pesadelo...morte...frio...aquela casa abandonada me domina...aquelas luzes a se apagarem e acenderem me perturbam...
De uma hora para outra a casa começa a me atrair...ela me chama...faz-me levantar na madrugada...hipnotizada...caminho sorrateiramente pelos corredores em direção a escuridão mortal da noite fria...o vento me corta como laminas afiadas...o céu é cortado por finos feixes de luz enquanto trovões furiosos anunciam a tempestade próxima...
...sigo o meu caminho...sorrateiramente...ás arvores envelhecidas do caminho me cortam...pequenos arranhões são feitos pelos espinhos situados nas margens do caminho...com muito esforço...chego ao meu destino...a casa velha...está a minha espera...as pesadas portas se abrem...não vejo ninguém...apenas corpos que jaziam em meio ao grande saguão...eram corpos distintos...animais...pessoas...
...com calma...infiltro-me na imensidão de corpos apodrecidos...ouço gritos de piedade que se misturam com choro...uma neblina me envolve de forma ameaçadora...os gritos aumentam...são cada vez mais fortes...mais intensos...
Caminho em passos lentos pela casa...minhas roupas pesam...o medo vai embora...meu coração e minha alma estão infiltrados naquele inferno...meus ouvidos necessitam ouvir os gritos de almas inocentes implorando por piedade...minhas mãos sentem o desejo de massacrar...meus olhos querem ver sangue...a cada segundo e a cada passo sou mais dominada pela casa...a cada instante, sentia que jamais sairia daquele lugar...via seres estranhos a andar pela casa...imagens nunca vistas por meus olhos...uns se alimentavam com carne humana...animais...outros tinham aparências muito estranhas...mas não me assustavam até o dado momento...todos me acompanhavam, atentos, com os olhos...
Vi muitas cenas...contemplei o inferno aos meus pés...aceitei o trono que me propuseram...eu era a escolhida...tinha a coroa em minha cabeça e o cedro em minha mão...assinei o contrato de reinado eterno...concordei em deixar minha vida...aceitei a morte...pude sentir as trevas tomarem conta de mim...pude ver de perto o sangue de inocentes correr...pude ouvis com nitidez o som dos inocentes sendo torturados...senti o sabor da vitória...pela primeira vez em minha vida pude me sentir poderosa...simplesmente...AMEI!!!
...a cada passo, uma novidade sombria...a cada instante um prazer maior...a cada segundo, a certeza de ser a melhor...A Deusa das Trevas!
Segui aquele caminho obscuro...sem saber onde ia chegar...um caminho sem fim...ilimitado...pensava em minha família...em minha mãe sendo espancada por meu pai...em minha irmã mais nova sendo violentada por meu pai...as comparava com aquelas almas...me igualava ao meu pai...comecei a me sentir mal...a cada cena de massacre...a dor era pior...eu passei a sentir dó...náusea...ódio...rancor...notei que aquilo que se passava comigo era irreal...desumano...aquilo que me enaltecia, me desmoronava ao mesmo tempo...passei a me sentir torturada pelos gritos...minha cabeça girava...as criaturas estranhas riam de mim...me diziam que jamais me livraria daquilo...eu havia aceitado tudo aquilo...por mais que eu não quisesse...sentia o desejo de torturar...judiar...precisava ver sangue...era obrigada por minha própria mente...era como um vício...uma dependência...aquela casa me transformava em um monstro insaciável...sedento por sangue...sentia que devia me livrar dela...dos monstros...do contrato...impossível!
Fui dominada por meus demônios...fui transformada em uma criatura malévola...sem coração...o resto de mim que resta dentro desse corpo esta se esgotando...e agora estou condenada...passarei o resto dos meus dias...anos...séculos...presa neste inferno...sendo a alma da casa assombrada...matando...torturando...massacrando...assustando a cada um que ousar se aproximar de mim...matando por prazer...sendo uma maldição...para sempre...para sempre...para toda a eternidade...!!!
† Beijos Gélidos †